BRASÍLIA — Na terça-feira (16/07), o presidente Jair Bolsonaro defendeu que uma eventual inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência seja feita por meio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) paralela ao texto já em trâmite no Congresso. Essa estratégia tem ganhado força no Senado e tem o apoio do provável relator da matéria na Casa, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Bolsonaro disse que: “Caso essa possibilidade (de incluir municípios e estados) seja aventada, será por uma PEC paralela, porque não pode complicar mais a PEC que está aí”.
Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado, também defende a inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência e estimou que a proposta seja votada na Casa entre 45 e 60 dias depois de ser aprovada na Câmara.
Com mudanças no texto, em primeiro turno, pela Câmara, a reforma da Previdência foi aprovada no começo deste mês. Depois de muita polêmica, os deputados deixaram mudanças no sistema de aposentadoria de estados e municípios de fora da proposta. Em agosto, a Casa ainda precisa votar a reforma em segundo turno, antes de ela seguir para o Senado.
O clima, na Casa, segundo Jereissati, em entrevista ao GLOBO, é pela inclusão de estados e municípios. Para não atrapalhar a tramitação da reforma, já que uma eventual mudança desse tipo faria o texto voltar à Câmara, a ideia é que uma proposta paralela englobe os estados e municípios. Essa saída está sendo costurada pelos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Bolsonaro disse ainda que sua expectativa sobre a reforma é a "maior possível".
O mesmo afirmou que: “Expectativa maior possível. Não posso forçar a barra. Ontem, falei com Davi (Alcolumbre) por telefone. Assunto rápido. Sou bem relacionado com ele, porque a bola agora está quase com ele. Tenho certeza que ele vai conduzir a contento essa reforma no Senado”.