Durante reunião ordinária, vereadores debatem melhorias para a cidade de Ouro Preto.
Os vereadores ouro-pretanos se reuniram nesta terça-feira (21) para a 27ª Reunião Ordinária do Legislativo. Na ocasião, um Projeto de Lei Orgânica, um Projeto de Resolução e um Projeto de Lei Ordinária foram distribuídos às comissões. Além disso, foram aprovados nove requerimentos, quatro representações, sete indicações, um projeto de Lei Complementar (1ª discussão) e um Projeto de Resolução (2ª Discussão).
A técnica em enfermagem Maria do Carmo Coelho Viana usou a Tribuna Livre para falar sobre a questão do transporte público na cidade, especialmente no Caminho da Fábrica. Ela destacou que os bairros da periferia tem um número grande de usuários do transporte coletivo e que eles não estão sendo bem contemplados pelas empresas Turin e Transcotta. “A gente percebe que a demanda que nós temos de usuários pagantes é grande e que a oferta de trabalho é muito pequena. Também percebo que a manutenção dos ônibus não é eficaz e, com frequência, acontece de pedir para gente passar para outro veículo porque o ônibus está com problema e não pode continuar o trajeto”, destacou.
Ainda de acordo com a técnica em enfermagem, “quando está chovendo, mesmo com as janelas fechadas, a gente toma verdadeiramente uma chuva lá dentro do ônibus. Outra coisa também é a superlotação. E aí vai colocando gente e, os motoristas sozinhos para fazer a dupla função, não percebem na hora do desembarque como está sendo. Eu já vi idosos caindo porque o motorista começou a dar partida, e eles estavam descendo. É um momento em que realmente eu tenho muito medo. Eu como usuária do transporte coletivo me coloco para falar mesmo, mostrar que realmente não estamos satisfeitos com os serviços oferecidos por essa empresa”, completou.
O vereador Marquinho do Esporte (SD) destacou a participação de Maria do Carmo na Tribuna Livre. “Quero parabenizá-la pela fala, uma líder lá no bairro. Ela falou com muita coerência. O que ela veio cobrar aqui é o que nós vereadores já vínhamos cobrando há muito tempo. Sabemos que hoje a empresa de transporte coletivo não presta um bom trabalho no nosso município. Estamos com vários ônibus sucateados, perdemos os cobradores, então hoje o motorista está ficando sobrecarregado. Vários motoristas pediram pra sair. A gente sabe que Ouro Preto é uma cidade totalmente diferente em questão de geografia, muito morro. Quando chove tem muitos deslizamentos, tivemos várias colisões, inclusive colisões de dois micro-ônibus da mesma empresa. Isso aí está provando a falta que os cobradores estão fazendo. Será que valeu a pena essa economia. Vida tem preço?”, disse.
Marquinho ainda destacou que protocolou uma indicação para que possa ser regulamentado o transporte alternativo na cidade. “Temos muitas vans escolares, todas legalizadas, credenciadas e que estão com a documentação em dia em questão de segurança”, finalizou.
Vereadores também solicitam melhorias para os distritos
Também na 27ª Reunião Ordinária, o vereador Geraldo Mendes (PCdoB) protocolou uma Representação solicitando à Polícia Militar do Meio Ambiente informações sobre as cercas que estão sendo feitas na barragem de Santa Rita. “Várias pessoas estão nos procurando, pessoas que pescam na barragem de Santa Rita, porque estão surgindo cercas em boa parte da represa e ninguém tem explicação. É um local que é usado há décadas pelos pescadores, as pessoas vão se divertir e agora essas cercas têm aparecido. Então fiz uma representação para a Polícia Ambiental e um requerimento para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente para que eles possam averiguar sobre a legalidade da construção dessas cercas. Uma vez sendo legal, não há o que temer. Mas se por ventura for cercas clandestinas, que o poder público possa intervir e desmanchar essas cercas, uma vez que o lugar é utilizado para o lazer dos ouro-pretanos e de pessoas até de outros municípios também”, ressaltou.
Já o vereador Luciano Barbosa (MDB) protocolou uma representação direcionada à empresa Maynart solicitando informações de quais procedimentos foram tomados em relação ao canal de água que fica no distrito de Santo Antônio do Salto. Ainda no documento, há um acompanhamento periódico. “No último fim de semana aconteceu um rompimento do canal e a gente foi cobrado por vários moradores da localidade de Santo Antônio do Salto. A gente está fazendo esse pedido para a empresa pra gente ver qual caminho seguir, o que a gente pode cobrar da empresa e da Prefeitura porque no rompimento estragou a estrada. Então para gente seguir um caminho correto, cobrando da empresa e da Prefeitura a parte que cabe a cada uma delas”, explicou.
Foto: Divulgação / CMOP