Nessa última terça-feira (26), durante a reunião ordinária, a Câmara de Ouro Preto recebeu representantes da empresa Hindalco para falar sobre a situação da Barragem de Marzagão, propriedade da empresa que fica no bairro Saramenha. A participação na Tribuna Livre atendeu ao requerimento nº 04/2019, de autoria do vereador Chiquinho de Assis (PV).
Sidne José, responsável técnico da barragem, afirmou que a Barragem de Marzagão encontra-se, hoje, estável e totalmente segura dentro dos padrões que a legislação exige. O mesmo disse que: “Todo o trabalho de monitoramento atesta a confiabilidade do sistema. A fiscalização é feita pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), e acontece de seis em seis meses. Além disso, nós temos empresas consultoras que nos dão assessoria e também fazem esse trabalho”.
De acordo com Sidne, a Barragem de Marzagão foi construída em um modelo diferente das que se romperam em Minas Gerais. Ele disse que: “É uma barragem que foi construída no método a jusante. São quatro alteamentos, e ela teve sua construção inicial feita em concreto. É uma barragem em que todos os instrumentos geotécnicos de monitoramento atestam a sua segurança e confiabilidade. Por isso, damos a nossa confiança para a comunidade de que ela está segura”.
Ainda segundo o técnico, o projeto de descomissionamento da Barragem, que é o trabalho de retirar os rejeitos do dique e revitalizar a região, está em fase de elaboração de estudo. Ele finalizou que: “A empresa responsável é a Pimenta D’àvila. A parte conceitual e todo o trabalho de engenharia está previsto para um prazo de sete meses. Em novembro receberemos esse projeto. Paralelo a isso, fazemos reuniões quinzenais para vermos a evolução desse trabalho”.
O vereador Vander Leitoa (PV) reforçou, também durante a reunião ordinária, a preocupação dos edis com toda a questão minerária na região. Vander protocolou uma representação solicitando que representantes do Complexo Geral de Mariana, que também opera dentro de Ouro Preto, compareçam à Câmara para apresentar ações de gestão, e que garantam a empregabilidade na cidade, bem como a segurança financeira do município nos períodos de paralisações das atividades no Complexo. Ele pontuou que: “Estamos muito preocupados com essa questão da mineração aqui em nossa região. Também tem a questão dos trabalhadores, que também nos preocupa, pois o Complexo Mariana está todo parado, e isso nos dá medo de acontecer muitas demissões, caso permaneça com as atividades paralisadas por muito tempo. São muitos pais de família que dependem desse emprego e isso pode sobrecarregar, ainda mais, as prefeituras aqui da região”.
Ainda durante a 12ª reunião da Câmara de Ouro Preto, o vereador Zé do Binga (PPS) solicitou informações sobre uma peça conhecida como “placa” do aparelho de Raio X da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O edil disse que: “O aparelho de Raio X da UPA está sem funcionar. Ele foi adquirido no governo passado, e a empresa que presta serviço para a Prefeitura retirou uma peça com o intuito de receber o pagamento de uma dívida”.
E ainda completou: “Estou cumprindo meu papel, pois quero esse equipamento funcionando, porque hoje nós temos uma população sofrida com o serviço de saúde. Eu me deparo sempre com pessoas precisando de Raio X e têm que ser levadas para a Santa Casa. Lá fazem o procedimento, e depois voltam para a UPA, o que gera um custo maior para a Prefeitura de Ouro Preto, e a população continua sem respostas. O meu requerimento não é para gerar polêmica, mas sim para resolver o problema da população a qual eu estou aqui para representar”.
Foram aprovadas seis indicações, duas representações e 12 requerimentos durante a reunião.