Cerca de 20% dos funcionários da MGS que trabalham em 57 órgãos e entidades estaduais serão demitidos. Segundo o governo, os cortes fazem parte do pacote de medidas de economia para voltar a pagar as prefeituras, fornecedores e o funcionalismo em dia.
A informação foi confirmada pelo governo à Itatiaia, após a reportagem ter conhecimento de que todos os secretários estão com a tarefa de elaborar listas sobre o efetivo de funcionários da MGS nas pastas.
Ouça a reportagem completa com Edilene Lopes
A MGS é uma empresa pública, de capital fechado, que presta serviços técnicos e administrativos em geral. Cerca de 200 funcionários do Instituto de Previdência do Estado (Ipsemg) já estão cumprindo aviso e o número de demitidos pode mais que dobrar de acordo com Renato Amaral, representante da associação dos empregados públicos da MGS. “O aviso vence aí em abril, variando os dias”, conta.
Renato Amaral destaca ainda que prevê uma privatização de setores do estado e posteriormente da própria empresa. “Os setores atingidos são Hemominas, Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), Secretaria de Saúde (Ses) e Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge); que a gente tem informação, vão chegar cerca de 500 trabalhadores nesses órgãos que vão receber esse aviso. Só que, na verdade, se isso se estender para todo o órgão da saúde, contando inclusive o interior, isso vai para mais de mil”, alerta.
Em nota, o governo do estado respondeu que os cortes não afetam atividades essenciais do estado. Os desligamentos na empresa são em virtude da inflação que a MGS sofreu durante os últimos anos. Ainda de acordo com o texto, cortes são em funções meio e não fins. Ou seja, são ocupações como portaria, segurança e limpeza, que serão supridas regularmente com os 80% de mão de obra mantidos via-MGS nestes 57 órgãos estaduais.
A MGS que tem 24.273 empregados respondeu que é uma empresa pública, prestadora de serviços, e suas receitas são advindas exclusivamente de contratos celebrados com seus clientes. No contrato com o governo, a gestão é feita por ele que entende qual a melhor forma de alocar os recursos contratados com a MGS e, nesse sentido, a empresa cumpre o que o contratante demanda.
O governo não divulgou prazo para as demissões.
Nota na íntegra
Como parte das medidas para equacionar as despesas com as receitas do Estado e novamente honrar em dia os compromissos com o funcionalismo, prefeituras e fornecedores, o Conselho Orçamentário e Financeiro do Governo do Estado, formado pelas equipes técnicas das secretarias de Planejamento e Gestão, e Fazenda, determinou que haja redução de 20% no número de contratações via-MGS em 57 órgãos e entidades estaduais.
A Minas Gerais Administração e Serviços S.A. (MGS) é uma empresa pública, de capital fechado, que tem como linha de negócios a prestação de serviços técnicos, administrativos e gerais, com foco apenas em órgãos públicos nas esferas municipal, estadual e federal, em todo o território nacional. Os cortes não afetam atividades essenciais destes órgãos da esfera administrativa estadual. Os desligamentos na empresa são em virtude da inflada que a MGS sofreu durante os últimos anos. Salientando que são cortes em funções meio e não fins. Ou seja, são ocupações como portaria, segurança e limpeza, que serão supridas regularmente com os 80% de mão de obra mantidos via-MGS nestes 57 órgãos estaduais.
FONTE: ITATIAIA