O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (22) que está em busca de um nome técnico para comandar o Ministério da Educação no seu governo. "Temos que ter um bom nome técnico que faça com que no final da linha a garotada tenha uma previsão."
O anúncio, feito em coletiva de imprensa, ocorre depois de uma revolta da bancada evangélica após a imprensa informar que o presidente havia sondado o diretor do Instituto Ayrton Senna Mozart Neves Ramos.
O presidente teria uma reunião com Mozart nesta quinta-feira. Ele não confirmou nem negou o encontro. Disse que se o professor estiver em Brasília, eles conversam e que está "conversando com todo mundo". Ele se encontra com o procurador Guilherme Schelb.
O nome do procurador rebate as críticas da bancada evangélica, que barrou a nomeação de Ramos. Schelb é um ferrenho defensor da Escola sem Partido, o que é fundamental para os aliados de Bolsonaro.
"Não é veto ao nome (de Mozart), ele é uma pessoa muito respeitada. Mas tem um posicionamento ideológico totalmente diferente dos conceitos e princípios da bancada evangélica. Dois temas cruciais para a bancada são o Escola Sem Partido e a ideologia de gênero", afirmou o deputado Ronaldo Nogueira ao Estadão.