Os alunos da Universidade Federal de Ouro Preto avançam no combate às doenças transmitidas pelo aedes aegypti com nova tecnologia
O estudantes Lucas Teixeira, do curso Ciência da Computação, e Guilherme Ribeiro, do curso Economia, desenvolveram a FieldReport, uma startup de tecnologia capaz de monitorar a dispersão de doenças em um espaço geográfico como, por exemplo, malária, esquistossomose, doenças relacionadas a água e, especialmente, as transmitidas pelo mosquito aedes aegypti.
Hoje, sabe-se que o mosquito transmite também outras doenças como a febre chikungunya e a zika, além da dengue, o que coloca a saúde pública em alerta. Com a FieldReport, é possível desenvolver soluções para as cidades e comunidades tomarem decisões a partir da análise de informações geográficas em tempo real. Com este mapeamento, relatórios são gerados com dados precisos da propagação dessas doenças favorecendo, portanto, o combate a elas.
Nesse sistema, é possível monitorar qualquer tipo de informação dispersa em um espaço geográfico. Com um aplicativo, o agente de campo faz a coleta e envia os dados para a nuvem, onde há uma infraestrutura para armazenar esses dados. Conforme os dados são coletados, os relatórios vão se formando, em tempo real, e depois são emitidos por meio de dashboards, tabelas e mapas temáticos. Além disso, não há um limite geográfico para esse monitoramento. “O planeta inteiro pode ser monitorado”, brinca Lucas Teixeira.
No final de janeiro, os alunos da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) apresentaram a FieldReport no evento Campus Party, em São Paulo. A startup despertou interesse de diversas instituições públicas e privadas, uma vez que ela pode contribuir para a melhoria das políticas públicas de agentes governamentais, como Ministério da Saúde (Vigilância Sanitária, Vigilância Ambiental), administradores de Planos de Saúde, sistemas de saúde particulares e gestores de saúde de organismos multilaterais.