Prefeitura de Mariana participa de campanha de doação de medula para o garoto Leozinho
A campanha de doação de medula óssea para o garoto Leonardo Ferreira Silva, o Leozinho, está crescendo a cada dia. O pequeno marianense, de seis anos, foi diagnosticado, com um raro tipo de leucemia em junho de 2014, e precisa de transplante de medula óssea. Desde então, sua mãe Suellen, amigos e familiares criaram a campanha “Juntos pelo Leozinho”, com passeatas, almoços beneficentes e as mídias sociais mobilizando cada vez mais pessoas em apoio a campanha.
A busca pelo doador foi abraçada pela Prefeitura de Mariana com a divulgação da campanha na rede social, que teve a adesão imediata de diversas pessoas que se dispuseram a fazer o teste de compatibilidade. E no aniversário da cidade, quinta-feira (16), a caravana solidária saiu levando os doadores rumo ao Hemominas, Julia Kubitschek, em Belo Horizonte.
A caravana solidária é uma parceria da Secretaria de Governo de Mariana com a empresa Max Tur. “Estamos na corrente pelo Leozinho para pedir a todos que puder nos ajudar, fazendo o teste de compatibilidade. É algo simples, fácil, e que vai ajudar esse garoto a conseguir um doador”, conclama o prefeito Duarte Junior “Du”.
Márcia Moreira, uma das doadoras da caravana, ressaltou a importância em poder conscientizar a todos, e ajudar o próximo sem esperar nada em troca, “É muito importante, porque você está doando uma vida para outra pessoa em um gesto tão simples, que tira do seu tempo meia hora, mas que salva uma vida que tem anos que está esperando aquele gesto seu que vale muito a pena.”
Segundo Verônica Novais, amiga da família do Leozinho, a situação do menino é complicada, já que para o transplante é preciso um doador 100% compatível. “A ideia dessa campanha é sensibilizar e mobilizar o maior número de pessoas para fazer o teste de compatibilidade de medula óssea”, afirma.
Os interessados em doar basta entrar em contato com Suelen Ferreira pelo telefone (31) 8590-5913 e Verônica Novaes pelo (31) 8972-1483 ou procurar diretamente um Hemocentro e realizar o cadastro da doação. Para esclarecer dúvidas em relação às doações entre, gratuitamente, em contato com o HemoMinas pelo 155, opção 8. Você também pode ajudar, o importante é ter a sensibilidade em olhar para o lado e colocar em pratica a ajuda ao próximo. Participe com a gente, seja solidário.
COMO FUNCIONA O PROCESSO
A responsável pelo setor de captação da unidade de coleta do Júlia Kubitschek, Miriam Otoni Santa Bárbara, explica como é realizado o cadastro e o processo para ser um doador de medula óssea. Segundo ela o primeiro passo é preenchar uma ficha em qualquer hemocentro constatando dados pessoais. Em seguida, é coletado 5ml da amostra sanguínea para o teste de compatibilidade, após a coleta o teste é enviado para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), que é o hospital do câncer, onde estão as pessoas que tem leucemia e não encontraram pessoas compatíveis na família e ficam aguardando, porque a chance de achar um doador compatível na família é de 1 a cada 30 pessoas, e não familiar, é de 1 a cada 100.000 pessoas, então a chance é muito pequena.
“O processo de coleta de medula é realizado na região da bacia, já que os ossos são mais largos ou por aférese, coletada como uma transfusão retirada diretamente da veia, isso é determinado pelo médico e depende do tipo de leucemia do paciente”, explica Miriam Otoni. Após a doação de medula o processo de recuperação do doador e do receptor é diferente, “Para o doador a doação de medula é recomposta pelo organismo após 20 dias, sendo que no dia seguinte o doador já é liberado para ir para casa, já para o receptor é um pouco mais complicado, já que ele já estava com uma baixa resistência e foi eliminada toda medula doente dele e introduzida uma medula nova, então o corpo dele tem as rejeições até a medula do doador ir ajudando o organismo dele a produzir medula” comenta a Miriam.