Como parte dos investimentos em melhorias constantes em tecnologia sustentável, a CENIBRA anunciou que implantará um projeto de tratamento e queima do lodo biológico, que reduzirá a geração de resíduos na ordem de 7 mil toneladas por mês. O novo sistema será utilizado em 100% das atividades da Empresa a partir de 2020.
Atualmente, a CENIBRA utiliza a compostagem: separação e transporte do lodo (com 12% de consistência) para um local onde é misturado com casca de madeira e estabilizado, para posteriormente ser utilizado como adubo florestal. O problema desse processo são o alto custo com transporte e a necessidade de um grande espaço físico.
No processo de tratamento de efluentes (resíduos provenientes da atividade industrial), ocorre a acumulação de lodo biológico, uma associação de microrganismos composta por bactérias, protozoários e metazoários, responsáveis pela oxidação de compostos orgânicos e inorgânicos.
Com o sistema de secagem de lodo biológico, os gases de exaustão das caldeiras e a biomassa serão utilizados como fonte de energia, reduzindo a quantidade de material a ser transportado. A reutilização dos gases no processo torna-o ainda mais sustentável.
O lodo seco, que é o resíduo produzido após o processo de secagem, tem outra vantagem: devido ao seu poder calorífico, será utilizado como combustível complementar para as caldeiras a biomassa da CENIBRA. A implantação do novo sistema também permitirá à Empresa atender a uma condicionante ambiental, encerrando as atividades na atual área de compostagem. Vale lembrar que a CENIBRA é a primeira fábrica de celulose a utilizar este processo.
De acordo com o engenheiro de desenvolvimento de projetos da Empresa, Andrei Barban, a inovação tecnológica é parte marcante do novo sistema. “O atendimento das condicionantes ambientais, a redução na geração de resíduos sólidos e a preservação do meio ambiente associado à possível economia com custos operacionais foram, desde o início, os principais objetivos deste investimento. A inovação tecnológica tem sido uma característica inerente desse novo processo que resultou em um projeto desafiador, com elevado nível de complexidade técnica, tanto para a equipe da CENIBRA quanto para as empresas parceiras envolvidas”, afirmou Andrei.
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