24 anos
Sexta-feira, às 18h: O curta e ato musical contará com apresentação de violonistas da região.
O curta-metragem e ato musical Espírito do lugar terá sua estreia às 18h nesta sexta-feira, no Anexo I do Museu da Inconfidência, Cine Vila Rica, em Ouro Preto. A exibição será seguida de uma releitura da trilha-sonora do filme pelos violonistas Pedro Armond e Victor Samuel, além do apoio do compositor da trilha original. O filme fica em cartaz até 14 de julho, com projeções diárias às 18h.
O curta dirigido por Gabriel Mendes da Costa é formado por pequenos fragmentos de vídeos curtos, registrados em partes rurais de Minas Gerais e São Paulo e montados com base em sua trilha sonora. A peça que acompanha o filme é uma composição de música ambiente construída por Victor Antônio de Oliveira em torno de sintetizador, texturas e percussão eletrônica.
A similaridade entre os trechos gravados surgiu após um período de distanciamento em relação ao material: a ritualização viva dos espaços físicos e a beleza oculta dos ambientes. Neste conjunto de signos residem partes, fragmentos do espírito deste sertão e do laço estabelecido com o local.
Originalmente intitulada Baktria, a peça musical foi composta com as origens da palavra sertão em mente: seja como o desertão das pastagens da África Equatorial, de regiões centrais da Ásia, muceltão, certão, Sertã, Sertago, possuem uma única conotação: a interioridade de um corpo, neste caso, de terra.
O título Espírito do Lugar se apropria do conceito Genius Loci, que dá significado à natureza desses fragmentos, imagens que simbolizam aspectos essenciais, de hábitos e da interação humana com o espaço: a zona rural das cidades velhas do interior do país.
1º de julho e projeções seguintes
A abertura será marcada pela reinterpretação da trilha sonora do curta executada pelo violonista Pedro Armond – que recentemente dirigiu a videoperformance o tempo de Alphonsus, abordando a obra do poeta ouro-pretano Alphonsus de Guimaraens – ao lado de músicos de apoio, Victor Samuel (violonista formado na Bituca) e o compositor da peça original, Victor Antônio de Oliveira.
A partir do dia 3, o filme poderá ser assistido no local de exibição indicado nos dias seguintes à apresentação e, quem visitar o espaço, poderá também levar para casa um cartão dobrável com mais detalhes, texto de apoio e acesso ao curta e à trilha.
No verso da impressão, um QR Code leva a um link online que hospeda o curta-metragem (sem validade de acesso), com a possibilidade de download para o celular. O material não será divulgado de maneira aberta em nenhuma plataforma digital.
A ideia é que quem visitar o Museu possa levar para casa um pouco da experiência do filme e acessar quantas vezes quiser o conteúdo, de forma personalizada, gratuita e vitalícia. Um guia também será disponibilizado com um passo a passo de como rever o filme, ouvir a trilha e suas releituras.
Foto: Divulgação
