Especialista explicou que o leilão realizado no ano passado contratou fontes térmicas muito caras que devem começar a gerar energia neste mês.
As chuvas deste ano elevaram o nível dos reservatórios de forma a garantir o pleno funcionamento das hidrelétricas, que produzem energia a um custo menor do que as termelétricas.
No entanto, nos próximos meses, os consumidores vão começar a receber um aumento decorrente de outras contratações feitas pelo governo federal.
“Os aumentos virão por outras razões. O Brasil fez um leilão de energia extraordinário em outubro do ano passado e contratamos fontes térmicas muito caras que devem começar a gerar em maio”, explicou o consultor do Instituto Clima e Sociedade, Luiz Eduardo Barata
“Com essas térmicas, a conta de luz aumenta para todos os consumidores.”
A boa notícia, segundo Barata, é que as previsões indicam que, mesmo que o Brasil passe por uma seca mais intensa este ano, o nível dos reservatórios das hidrelétricas não deve voltar ao patamar tão baixo do ano passado.
O período seco começa agora em maio e vai até outubro.
Na avaliação do consultor do Instituto Clima e Sociedade, num dos piores cenários, a conta de luz não deve ser alterada em mais de uma bandeira tarifária.
“As avaliações feitas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico é de que, ao longo do ano, nós teremos condições de ficar em bandeira verde”, afirma Barata.
“Pode acontecer uma mudança brusca das condições climáticas e haver uma certa degradação do nível dos reservatórios. Nesse caso pode até acontecer de, no fim do período seco, nós irmos para uma bandeira amarela. Mas não creio que seja mais do que isso.”
Luiz Eduardo Barata ressaltou que a energia esteve no último patamar da bandeira vermelha no ano passado em razão dos elevados custos de produção das usinas termelétricas.
Essas usinas precisaram ser acionadas por causa do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas.
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