A semana do Memorial Vale, em sintonia com as comemorações do Mês da Consciência Negra, traz o encontro “Enegrecer a Gestão Cultural” com boas discussões a respeito da participação de gestores negros na produção da cultura. O seminário sobre pedagogias decoloniais continua a acontecer, e esta semana conta com a participação de Renato Noguera, dentro da temática: “Repensando as poéticas do corpo: corporeidades presentes e ausentes nas narrativas do museu.”
As ações do Educativo “Sementes da Diáspora” e “Dicas Pretas”, que ressaltam a valorização da cultura negra, acontecem na quarta-feira e na sexta-feira. Três exposições continuam em andamento no site do Memorial Vale: “As Coisas Não Conhecem Começo e Nem Fim”, de Júlia Baumfeld, “Estudos Cartas”, de W Mota e “Colheres”, com Hana Brener e uma nova exposição será aberta dia 9: Passagens, de Maria Vaz.
O Memorial Vale está aberto para visitação, mas a programação cultural continua online, seguindo o planejamento do #MemorialValeEmCasa, no Youtube, nas redes sociais do espaço (facebook e instagram) e no site. As transmissões feitas pelo Youtube ficam disponíveis no canal do Memorial.
Confira os detalhes da programação:
09/11 a 23/12 – EXPOSIÇÃO “PASSAGENS’, DE MARIA VAZ
De 9 de novembro a 23 de dezembro a fotógrafa Maria Vaz realiza no site do Memorial Vale, a exposição “Passagens”. As fotografias são reconstruídas por meio de sobreposições, apagamentos e recortes, como também fazem a memória e a imaginação. Entre camadas, se perdem e se encontram as memórias vividas e as imaginadas, confunde-se real e fabulação, dentro e fora, público e familiar. A exposição foi selecionada pela Convocatória de Programação do Memorial Vale 2021 e integra o projeto “Mostra de Fotografia” do Memorial Vale.
Maria Vaz é artista visual, fotógrafa e pesquisadora, bacharel em Artes Plásticas pela Escola
Guignard/UEMG e mestranda em Artes Visuais pela UFMG. Em seus trabalhos trata da relação entre a memória individual e coletiva através da poética e da fabulação, desenvolvendo uma produção híbrida por meio de experimentações entre imagem e palavra, analógico e digital e o uso de arquivos públicos e familiares. É co-fundadora do duo Paisagens Móveis, onde trabalha em parceria com Bárbara Lissa, e membro dos coletivos/plataformas plataformas Women Photograph e Mulheres Luz. Participou de diversas exposições no Brasil. Em 2021 publicou seu primeiro fotolivro, junto do duo Paisagens Móveis, com o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. No mesmo ano foi selecionada pelo prêmio Pierre Verger e finalista nos prêmios Lovely e Foto em Pauta para a publicação de fotolivros.
10/11 e 11/11 – ENCONTRO “ENEGRECER A GESTÃO CULTURAL”, COM PONTE AGÊNCIA DE CULTURA
Nos dias 10 e 11 de novembro, em lives às 10h e às 19h, a Ponte Agência de Cultura realiza o Encontro “Enegrecer a Gestão Cultural”. A Ponte Agência de Cultura é uma iniciativa para promover diálogos entre pessoas, organizações da sociedade civil, empresas e governos na construção de agendas sobre o enegrecimento de instituições culturais. Ela acaba de nascer e sua primeira ação será a realização do Encontro “Enegrecer a Gestão Cultural” para discussões com profissionais de diversas áreas sobre o tema. O evento integra a programação do Mês da Consciência Negra.
Para fomentar as conversas e colocar em evidência a necessidade da promoção de agendas e ações para a modificação deste cenário, nomes conhecidos que lutam pela causa fazem parte da programação. Alguns nomes que participam:
- Viviana Santiago - Coordenadora de Diversidade e Inclusão do Instituto Moreira Salles de SP
- Andreia de Jesus - Deputada Estadual (PSOL), lutadora negra feminista e presidenta da Comissão de Direitos Humanos da ALMG;
- Gilberto Costa (Giba) - Diretor Executivo do JP Morgan e atual Diretor do Pacto pela Promoção da Equidade Racial;
- Renata Dias - Diretora da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB-BA);
- Karla Danitza – produtora do evento, programadora cultural e coordenadora de Eventos Especiais para o FAN - Festival de Arte Negra
Serão ao todo 18 participantes, 9 horas de conteúdos e 4 eixos de discussão a seguir:
1 - Estrutural, Institucional e Individual - que racismo é esse?;
2 - Diversidade e Inclusão = Proporcionalidade e Integração?;
3 - Capitalismo stakeholder e a Economia Criativa - quais são as partes interessadas?
4 - Descentralização, democratização e as insurgências periféricas na cultura.
ATÉ 29/11 – SEMINÁRIOS E LABORATÓRIOS “DIÁLOGOS SOBRE EDUCAÇÃO, ARTE E CULTURA: PEDAGOGIAS DECOLONIAIS”
De 3 a 29 de novembro os núcleos educativos dos espaços culturais mantidos pelo Instituto Cultural Vale farão encontros para pensar e realizar um mês dedicado à educação. Juntos formularam uma série de programações destinadas a discutir aspectos e relações entre educação e atuação institucional a partir do tema Pedagogias Decoloniais. O evento contará com seminários, rodas de conversa, laboratórios e outras atividades que proporcionarão momentos de troca e formação do pensamento crítico sobre as práticas institucionais e a possibilidade de novas abordagens. A programação completa está nos sites dos espaços Memorial Minas Gerais Vale, Museu Vale, Casa da Cultura de Canaã dos Carajás e Centro Cultural Vale Maranhão.
Seminários do Memorial Vale:
“Repensando as poéticas do corpo: corporeidades presentes e ausentes nas narrativas do museu.”
Lives ao vivo pelo YouTube:
- dia 4/11, das 19h às 21h - Dodi Leal
- dia 9/11, das 19h às 21h - Renato Noguera
As conversas contam com tradução em Libras.
Laboratórios:
- dias 8, 15, 22 e 29/11, às 11h no canal do YouTube; às 11h, 15h e 19h, com trechos no Instagram. Convidados: Isadora Ravena, Noá Bonoba, Rio Bantu Fulô do Kariri e Zaika dos Santos
Foto: Divulgação