Alguns postos de gasolina de Minas Gerais já começaram a ter problemas de abastecimento nesta quinta-feira (21/10) por causa da greve dos motoristas de caminhões que transportam combustíveis, os chamados tanqueiros, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro).
Porém, a entidade alertou que não há necessidade de uma corrida aos postos o que pode agravar a situação.
De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (SindTaque-MG), Irani Gomes, que representa os motoristas, 100% dos caminhoneiros estão parados.
A categoria reclama do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis no estado e os altos custos dos combustíveis da Petrobras.
O Minaspetro disse que entrou em contato com o governo de Minas Gerais e solicitou que as reivindicações dos caminhoneiros fossem atendidas. “O congelamento do preço de pauta conteria momentaneamente a escalada dos preços na bomba”, alegou o sindicato.
O que diz o governo de Minas
Leia a íntegra da nota:
"No último dia 13 de outubro, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que estabelece valor fixo para o ICMS dos combustíveis em todo o país. Todos os Estados da Federação e também o Distrito Federal já se posicionaram contrários à proposta que, se aprovada pelo Senado, vai representar uma perda de R$ 32 bilhões/ano em arrecadação. Somente em Minas Gerais, a perda estimada é de R$ 3,6 bilhões/ano. Essa redução também terá impacto direto nos cofres dos 853 municípios mineiros, uma vez que 25% (R$ 900 milhões) são destinados às prefeituras. Importante ressaltar que esses recursos são essenciais para o funcionamento dos serviços públicos necessários para toda a população.
Outro ponto a ser destacado é que os últimos reajustes nos valores dos combustíveis não se devem ao ICMS cobrado pelos estados, mas, sim, à política de preços adotada pela Petrobras".
O que diz a Petrobras
A Petrobras disse que não há impacto às operações da companhia, em suas unidades operacionais.
Foto: Cassiano Aguilar / Jornal Panfletu´s