A transmissão ocorreu dentro do território do Estado, sem que alguém tenha trazido de fora o vírus.
Foi identificado pela primeira vez um caso de transmissão comunitária em Minas Gerais da variante Delta do coronavírus. A contaminação ocorreu em Virginópolis, no final do último mês. A transmissão ocorreu dentro do território do Estado, sem que alguém tenha trazido de fora o vírus. Além deste caso, outros três já haviam sido identificados, dois em Belo Horizonte e um em Juiz de Fora, porém foram pessoas que estiveram no exterior.
A pessoa infectada em Virginópolis é um homem de 50 anos que não viajou para fora do país, mas transitou entre cidades de Minas. O quadro de saúde do paciente não foi grave, mas ele precisou de amparo médico e teve sintomas de Covid-19. Conforme informações levantadas pelo O Tempo, a secretária municipal de Saúde de Virginópolis, Jaqueline Nunes explicou que o homem ficou em quarentena, e que teve contato com familiares e pessoas próximas enquanto estava infectado.
Este é o quarto caso da variante Delta em Minas Gerais, mas os outros eram relativos a pessoas que viajaram para fora do país. Durante coletiva na tarde de ontem, o secretário de Estado de Sáude, Fábio Baccheretti, disse que estão sendo feitos cerca de 180 exames genômicos semanais em todo o território mineiro. As testagens são priorizadas em regiões próximas a estados com o predomínio da variante Delta, como os municípios próximos à fronteira com o Rio de Janeiro, onde a cepa está mais difundida.
A transmissão comunitária acende alerta em diversos municípios. A vizinha Uberlândia, por exemplo, já contratou laboratório goiano para investigar a presença da cepa no município. Por lá a pandemia voltou a avançar, com a explosão de novos casos confirmados. A contaminação passou de 171 casos em 12 de julho para 376 no dia 1º de agosto. Além disso, houve pico de 387 confirmações no dia 29. O número de mortes felizmente não cresceu proporcionalmente, à exceção de pico de 15 óbitos no dia 15 de julho. O que chama a atenção, no entanto, é o perfil dos contaminados. Segundo o secretário Gladstone Rodrigues, são jovens não vacinados, que morrem menos, mas ocupam por mais tempo os leitos de UTI.
A variante Delta do Sars-Cov-2, de origem indiana, é a mais transmissiva das cepas do coronavírus até agora. Também já foram identificadas transmissões comunitárias em São Paulo e Rio de Janeiro. Cerca de 240 contaminações já foram registradas no país.
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