O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ chegou! A data, vale lembrar, é comemorada em 28 de junho para marcar o aniversário da Rebelião de Stonewall, quando ativistas LGBTQIA+ enfrentaram com pedras e protestos os policiais que invadiam de maneira brutal o bar gay de mesmo nome, em Nova York (EUA).
Com o tempo, a data passou a ser um lembrete de tudo o que a comunidade LGBTQIA+ conquistou, e tudo pelo que ainda é necessário batalhar. Aqui, decidimos usar este dia para recapitular os momentos de representatividade mais marcantes da cultura pop de 2021 até agora, a fim de reunir forças para mais seis meses de luta.
Foi o grande momento do terceiro episódio de Loki. Perguntado se tinha "uma candidata a princesa ou príncipe" o esperando em Asgard, o personagem de Tom Hiddleston respondeu na lata: "Um pouco dos dois".
O primeiro protagonista LGBTQIA+ do MCU é um homem (bom, um deus) bissexual, uma minoria que enfrenta desafios únicos e importantes mesmo dentro da comunidade. Agora é só contar a história dele direito, hein, Marvel?
No clipe de "Tentação", a cantora Luísa Sonza tasca um beijão em sua companheira de música, Carol Biazin. Nada que outras estrelas pop não tenham feito antes (alô, Madonna e Britney!), mas Luísa aproveitou a ocasião para confirmar: sim, sou bi.
Depois de se assumir no Twitter, ela ainda contou: "Dá um alívio ver o carinho que vcs tão tendo comigo... já tive tanto medo (ok, tenho um pouco ainda) de ser quem eu sou, por três principais motivos: o lugar de onde eu vim, minha família e como as pessoas iriam receber. Acho que por isso eu 'demorei'".
A lap dance que foi vista ao redor do mundo! Em março, Lil Nas X lançou o clipe de "Montero (Call Me By Your Name)", onde sucumbe à tentação e vai até o inferno fazer uma dança sexy para o diabo, só para enganá-lo e tomar o seu lugar no trono.
Como se isso não fosse queer o bastante, ele seguiu o lançamento com a ainda mais direta "Sun Goes Down", onde revive suas memórias de escola. O mais legal é que, apesar de Lil Nas não mentir sobre as dificuldades que passou como um jovem gay e negro, a mensagem da música e do vídeo é positiva, no fim das contas.
"Eu sei que você quer chorar/ Mas a vida é mais do que morrer/ Por causa de seus erros do passado/ E das pessoas que mancharam o seu nome", diz ele em um trecho.
A série que revolucionou a representatividade transgênero na TV norte-americana, com o seu elenco recorde de atrizes trans (e negras!) protagonistas, terminou após três temporadas espalhando amor, conscientização e triunfo LGBTQIA+ pelo mundo.
Parece pouco tempo, mas foi mais do que o bastante para Pose cumprir sua missão. Com uma última leva de episódios emocionante, otimista e brilhante, a série deixou sua marca e inaugurou o que esperamos ser uma nova era de inclusão transgênero na mídia mainstream.
Em dezembro do ano passado, Elliot Page anunciou para o mundo que se identificava como um homem transgênero. Foi a partir de março de 2021, no entanto, que ele emergiu de suas merecidas "férias" dos holofotes para nos contar sobre a transição e esbanjar a felicidade de alguém que vive sua verdade.
Na capa da revista TIME, ele disse que finalmente podia "ser quem era por completo". No Instagram, continuou postando o conteúdo ativista importante que sempre marcou sua atividade nas redes sociais. E, em maio, contagiou a internet com o seu sorriso largo na primeira foto sem camisa após a mastectomia.
Se Pose saiu de cena, novos títulos vieram em 2021 para carregar o bastão passado por ela. Generation e It's a Sin, que devem chegar ao Brasil junto com a HBO Max, foram dois dos maiores destaques LGBTQIA+ da TV este ano.
A primeira acompanha de perto um grupo de amigos queer da geração-Z, se diferenciando de títulos teen como Euphoria e Sex Education por ser, de fato, escrita por alguém "por dentro" dessa história - Zelda Barnz, uma jovem bissexual de 19 anos de idade, que criou Generation ao lado do pai, Daniel Barnz.
Já It's a Sin é a nova obra do "velho de guerra" da representatividade LGBTQIA+ na TV, Russell T. Davies (Queer as Folk). A minissérie mostra como um grupo de amigos lida com a pandemia do HIV/AIDS na Londres dos anos 80.
Apesar da dona Netflix ter derrapado nos últimos tempos com o cancelamento de várias séries de temática LGBTQIA+, eles também serviram boa representatividade em seus filmes originais - especificamente, em A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas e Eu Me Importo.
No primeiro, uma animação, Katie é uma jovem prestes a entrar na faculdade. No final do longa, após a longa batalha da família Mitchell contra um apocalipse digital, descobrimos que nossa protagonista já nutria um crush por sua futura colega de quarto. É uma cena pequena, mas significativa.
Já Eu Me Importo dá vida àquele meme: "Finalmente histórias sobre gays trambiqueiras...". Aqui, Marla (Rosamund Pike) e a namorada, Fran (Eiza González), unem forças para dar golpes em velhinhos desavisados
*Com informações do site Omelete
Foto: Divulgação