Romeu Zema ressaltou importância do diálogo e esforços para salvar empregos durante a pandemia.
Com o objetivo de ouvir as demandas do comércio e dialogar sobre medidas que reduzam os impactos da pandemia no setor, o governador Romeu Zema se reuniu virtualmente, nesta terça-feira, (20/04), com o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Gilson Lemes, e com representantes da CDL/BH, da FCDL/MG, da Fecomércio e da Federaminas.
Zema destacou o esforço da gestão para minimizar os efeitos da pandemia da covid-19 e salvar empregos e negócios.
“Sabemos que o setor de comércio foi muito afetado e agradeço o sacrifício que todos têm feito. Estamos fazendo todo o possível para que o impacto seja menor e possamos salvar o máximo de empregos. Liberamos um volume recorde de linhas de crédito pelo BDMG. Inclusive, fizemos um aumento de capital no banco, de forma que o crédito direcionado às micro e às pequenas empresas de Minas subiu mais de 400%. Corremos atrás de postergar o pagamento de impostos. A Cemig e a Copasa também foram orientadas a reverem os casos de clientes inadimplentes do setor produtivo, renegociando essas dívidas”, afirmou.
O governador lembrou que as medidas restritivas impostas pela onda roxa foram tomadas em um momento de extrema necessidade, para restabelecer a capacidade assistencial da rede de Saúde e preservar a vida dos mineiros. Ele também pediu que a reabertura aconteça de forma consciente, mantendo todos os cuidados sanitários.
“Fomos obrigados a tomar essa decisão mais forte, caso contrário começaríamos a assistir cenas de horror, com pessoas morrendo na rua por falta de atendimento médico. Hoje, estamos otimistas, porque aquelas regiões que entraram na onda roxa inicialmente já tiveram uma melhoria expressiva nos números, principalmente de pessoas infectadas, e já avançaram para a onda vermelha. Então, peço que as entidades orientem ao máximo o comércio nessa reabertura, para que tome todas as medidas necessárias. Com consciência, certamente poderemos operar sem sobrecarregar o nosso sistema de Saúde”, orientou.
Diálogo
O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Gilson Lemes, afirmou que a proposta da reunião foi chegar a um acordo, por meio do diálogo, para conciliar a Saúde Pública e o setor econômico.
“Todas essas lideranças empresariais estiveram com a gente semana passada trazendo a preocupação com a reabertura do comércio, considerando que há algum tempo, em decorrência das restrições impostas pela onda roxa, estão impedidos de abrir. Isso preocupa a todos eles e a todos nós, inclusive ao senhor governador, sabendo também da preocupação que o senhor tem de termos um retorno gradual das atividades”, disse.
O secretário-geral do Estado, Mateus Simões, destacou a parceria entre o Executivo estadual e o TJMG na busca por medidas de conciliação. Ele também reforçou que a onda roxa foi uma medida extrema, em um momento crítico, e que o poder público tem adotado ações para que ela não seja mais necessária.
“A onda roxa é uma medida extrema, que evitamos até o último momento, e sabemos o quanto ela impactou o comércio. O Governo de Minas está de portas sempre abertas para dialogar com o setor”, explicou.
O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo Souza, agradeceu a abertura ao diálogo por parte dos Poderes. “Tanto no TJ quanto no governo do Estado, temos um diálogo muito fácil. Sempre que solicitamos, o governador dialogou com o setor, assim como os secretários”, afirmou.
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL/MG), Frank Sinatra, também destacou a importância de definir soluções em conjunto. “Agradeço ao governador, que sempre teve diálogo com as entidades, principalmente com as CDLs. Temos visto o sacrifício que o senhor tem feito. Sabemos que o senhor também é da área comercial e sabe o que estamos sofrendo”.
Também presente no encontro virtual, o segundo secretário da Fecomércio, Rony Anderson, destacou o momento difícil enfrentado pelo setor e a importância da união para superar os obstáculos.
“Estamos vivendo o pior momento do comércio na história. Reconhecemos que no ano passado tivemos investimentos, atenção com relação aos impostos. Agora temos autorização novamente para funcionar, mas os primeiros meses serão muito difíceis. Essas empresas não têm condições de continuar se não tivermos uma união muito grande”, pediu.
O presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais (Federaminas), Valmir Rodrigues, também destacou algumas demandas do setor.
“Parabenizo ao governador pelo trabalho que tem feito à frente do Estado de Minas Gerais. Eu sou fã de gestão e parabenizo a condução de tudo que tem acontecido. Mas na questão da onda roxa, principalmente para o interior que tem uma realidade diferente, o pequeno comerciante teve que fechar. E, muitas vezes, isso não impediu que as pessoas continuassem se aglomerando nas ruas. Essa é uma reflexão importante para pensarmos os próximos passos”, finalizou.
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