Em julho de 1696, uma Bandeira Paulista, liderada por Salvador Fernandes Furtado de Mendonça, encontrou ouro em um rio, batizando-o de Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo. Às suas margens nasceu o arraial de Nossa Senhora do Carmo, que logo assumiria uma função estratégica no jogo de poder determinado pelo ouro. O local se transformou em um dos principais fornecedores para Portugal. Em 1711, o governador Antônio de Albuquerque, dia 8 de abril, elevou-o à categoria de vila, sob a denominação de Vila de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo de Albuquerque, nome que seria modificado, quando de sua confirmação por Dom João V, em 14 de abril de 1712, para Vila Leal de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo.
A elevação a Vila exigiu a implantação de uma estrutura administrativa e judiciária, representada pela Casa Câmara e Cadeia. Assim, em 04 de julho de 1711, foi criada na Vila de Nossa senhora do Carmo, a primeira Câmara das Minas Gerais.
A elevação do arraial para Vila implicou em várias mudanças físicas. Foram construídos vários edifícios e logradouros, como a primeira Casa de Câmara no arraial de cima – Mata Cavalo (hoje bairro Santo Antônio), a casa de Intendência, o Palácio do Conde de Assumar, o Quartel de Dragões da Vila de Nossa Senhora do Carmo e o Largo da Matriz (Praça Cláudio Manoel), conhecida hoje como Praça da Sé.
A cidade de Mariana é composta por um rico patrimônio histórico, cultural e natural, e seu conjunto arquitetônico e urbanístico já é tombado pelo IPHAN desde 1945. A cidade é qualificada como Monumento Nacional e é reconhecida como berço de grandes artistas, poetas, escritores e atrai diversos turistas que se encantam com suas belezas.
Foto: Divulgação / Márcio Lima