A Federação pontua que é preciso definir estratégias e atuar de forma coordenada para conciliar saúde e economia, além de cobrar políticas públicas que garantam a sobrevida de milhares de negócios.
Desde o dia, (17/03), todas as macrorregiões de saúde mineiras estarão na onda roxa, a mais restritiva do programa Minas Consciente. A decisão, válida por 15 dias, foi anunciada na terça-feira (16/03) pelo governador Romeu Zema. Entre as medidas estão o funcionamento limitado aos serviços essenciais; a adoção do toque de recolher entre 20h e 5h; a implantação de barreiras sanitárias; e a proibição da circulação de pessoas sem máscara, da realização de eventos públicos ou privados ou de reuniões presenciais.
Ciente da gravidade do momento, marcado pelo crescente números de casos de Covid-19 no estado, a Fecomércio MG compreende a decisão tomada pelo governo de Minas Gerais. No entanto, a entidade – que representa cerca de 580 mil empresários do comércio de bens, serviços e turismo – alerta que o setor terciário pede socorro. Os empresários não conseguem mais arcar com as obrigações financeiras sem o apoio governamental e união das esferas federal, estadual e municipais. Por isso é preciso adotar medidas financeiras, como prorrogação e revisão das taxas de empréstimos, além a votação da emenda constitucional que permite a volta do programa de suspensão de contratos e redução de salário e jornada.
A Fecomércio MG aguarda a publicação do decreto estadual para entender como os prefeitos mineiros irão se manifestar em relação às novas medidas restritivas fixadas pela onda roxa em todo o estado. É preciso analisar as possíveis frentes de atuação para que a entidade, por meio do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais, possa trabalhar de forma equilibrada, conciliando as necessidades de saúde da população e a economia.
A Federação ressalta a urgência na definição e adoção de medidas que contribuam para minimizar os impactos do novo fechamento do comércio. Não por acaso, a entidade destaca a necessidade de o governo federal regulamentar a reedição do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEM). A iniciativa permitirá às empresas que suspendam contratos de trabalho e reduzam jornadas e salários, viabilizando assim a manutenção das empresas e dos empregos.
Além disso, é preciso ampliar e acelerar o programa de imunização da população. Afinal, só com todos vacinados, poderemos garantir o futuro da nossa economia e a reabertura definitiva das atividades, resgatando a confiança de empresários e consumidores. A confiança é condição essencial para que o comércio de bens, serviços e turismo possa recuperar as vendas, gerar novos empregos e renda e superar os efeitos da pandemia de Covid-19 na saúde e na economia.
A Fecomércio MG se preocupa com os empresários que, a cada dia, veem seus estabelecimentos findarem, sem previsibilidade ou solução ágil e palpável para salvar seus negócios. Sozinhos, não conseguem arcar com todos os efeitos provocados pela pandemia. Por isso, é preciso união de todos, principalmente apoio federal para a aprovação de programas e leis que auxiliar os brasileiros em um dos momentos mais graves da história mundial.
Ciente desse cenário, a Fecomércio MG conclama, mais uma vez, que toda a população fortaleça o compromisso em zelar pela saúde, seguindo as orientações das autoridades competentes e se engajando na campanha de imunização contra o novo coronavírus. Só com a população vacinada, os cuidados com a higiene, previsibilidade por parte dos governos e ações em favor das empresas será possível pensar no futuro e reabrir as atividades empresariais de forma definitiva.
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