Primeiro teatro do Brasil e mais antigo em funcionamento da América Latina, considerada por arquitetos e historiadores uma joia patrimonial, a Casa da Ópera de Ouro Preto, inaugurada em 1770, completa 251 anos no dia 06 de junho.
O executivo ouro-pretano, que tomou posse em janeiro, trabalha para que o teatro volte a ter o brilho de outrora. “A nossa proposta é dar para o teatro municipal o status que ele merece. Vamos oferecer ao público eventos de alto nível para agradar ao cidadão de Ouro Preto e manter o turista na cidade. Teremos uma programação constante e acessível a todos”, declara a historiadora Margareth Monteiro, que está à frente da Secretaria de Cultura e Patrimônio.
A secretária apresentou como novo gestor do teatro o artista plástico ouro-pretano Roberto Ferreira dos Santos, o Sussuca. Ele enumera as primeiras ações. “Estamos recebendo com amor este desafio. Vamos criar condições para que esse espaço receba grandes nomes da música, dança e dramaturgia brasileiras, fazendo jus ao objetivo para o qual a casa foi criada. Vamos montar um projeto para buscar junto à iniciativa privada recursos que possibilitem a realização de eventos. O foco será não só o turista, mas principalmente a população de Ouro Preto que terá opção de lazer e oportunidade de assistir a grandes espetáculos”.
O prédio do teatro passou na última quarta-feira, 26 de janeiro, por uma vistoria feita pela equipe técnica da Secretaria de Cultura e Patrimônio. A avaliação foi feita pelo engenheiro civil e arquiteto Renilson Martins e pelo diretor de gestão Wanderson Gomes. Segundo o arquiteto, serão necessárias pequenas intervenções na parte estrutural. “Pinturas na fachada e no interior com recuperação do reboco em alguns pontos; descupinização, que já é uma ação anual de prevenção; raspagem do palco e manutenção dos refletores cênicos e dos aparelhos que controlam a iluminação. São pequenos serviços para os quais faremos um processo licitatório”, definiu.
Aposentado no ano de 2016, após 48 anos de serviços prestados no teatro, Vicente Gomes está de volta para este projeto de revitalização da Casa da Ópera. “É a minha segunda casa. Estou emocionado por este convite. Vou fazer o melhor para ajudar nesta proposta de grandes eventos para toda a população da cidade. Vim trabalhar no teatro pelas mãos do prefeito Angelo, e retorno agora, depois da aposentadoria, pelas mãos dele. Darei o meu máximo”, promete.
Com capacidade para 350 pessoas, a Casa da Ópera foi construída pelo português João de Souza Lisboa em comemoração ao aniversário do rei Dom José I e era destinada a receber espetáculos para a elite local.
Foto: Sussuca, Wanderson, Renilson, Margareth e Vicente / Ane Souz