Moradores, pesquisadores, órgãos públicos e demais interessados têm a possibilidade de consultar informações referentes ao monitoramento da água e sedimentos na bacia do rio Doce. Os dados relativos a milhões de análises das amostras coletadas podem ser conferidos no portal Monitoramento Rio Doce. Construída em parceria com importantes órgãos de gestão de recursos hídricos e de meio ambiente – como Ibama, ICMBio, ANA, Igam, Iema e Agerh –, a nova ferramenta traz dados importantes sobre o status da água, apresentados de forma didática e visual.
O portal reúne os dados gerados pelo Programa de Monitoramento Quali-quantitativo Sistemático de Água e Sedimento (PMQQS), conduzido pela Fundação Renova sob orientação e supervisão do Grupo Técnico de Acompanhamento (GTA-PMQQS), ligado ao Comitê Interfederativo (CIF), para avaliar a qualidade das águas, identificar alterações e elaborar diagnósticos.
Desde agosto de 2017, o PMQQS gera uma base de dados confiável e contínua sobre a qualidade da água e sedimentos, com parâmetros físicos, químicos e biológicos. Essa base de dados suporta tomadas de decisões dos demais programas que atuam na reparação, bem como subsidia órgãos de gestão de recursos hídricos e de meio ambiente.
Com o portal, esse conteúdo fica disponível para a população em geral, de forma mais visual, acessível e abrangente. Ele permite identificar os principais resultados de qualidade da água e sedimentos do rio Doce e seus afluentes, por meio de gráficos e mapas, sendo possível fazer o download dos dados em planilhas de Excel. Também será possível ter acesso aos relatórios, notas técnicas produzidas e links para sites relacionados.
O lançamento do Monitoramento Rio Doce fortalece o principal objetivo do Programa de Monitoramento da Fundação Renova, que é acompanhar, ao longo do tempo, a recuperação da bacia do rio Doce e gerar subsídios para as ações de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).
A base de dados já mantida pela Fundação e disponibilizada para toda a população contribui para o acompanhamento da evolução dos trabalhos, assim como para que novas iniciativas possam ser criadas a partir da avaliação dos resultados. Também permite complementar as bases de dados produzidas pelos órgãos públicos que regulam e fiscalizam as águas no país e nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. O portal Monitoramento Rio Doce pretende agregar o acesso a esse conteúdo.
Funcionamento
A plataforma oferece um mapeamento dos pontos e parâmetros estratégicos de monitoramento que foram definidos pelo PMQQS para avaliar a qualidade das águas, identificar alterações e elaborar diagnósticos. Em abas distintas, o usuário poderá acessar as informações relativas a cada ponto de monitoramento, sua localização em rios e afluentes e os mapas e gráficos que contém os dados relativos a eles.
Na aba de Monitoramento Convencional, são apresentados os resultados de qualidade de água e sedimentos para 39 pontos de monitoramento localizados no rio Doce e afluentes para os parâmetros de água e sedimentos.
Já na aba de Monitoramento Automático, são disponibilizados dados gerados pelas estações automáticas em 22 pontos de monitoramento localizados no rio Doce e afluentes para parâmetros quantitativos (nível da água e precipitação pluviométrica) e qualitativos – oxigênio dissolvido, pH (acidez), condutividade elétrica, temperatura da água, turbidez, clorofila e cianobactérias.
Além do acesso aos pontos de monitoramento, o usuário poderá encontrar links para documentos relativos ao PMQQS, como Boletins Semanais e Mensais de Qualidade de Água, o relatório simplificado e os relatórios do IGAM a respeito do Monitoramento na bacia do Rio Doce. As Notas Técnicas emitidas no âmbito do CIF também estarão disponibilizadas. Os documentos tratam de alterações realizadas no monitoramento do PMQQS, como frequências, parâmetros e pontos de amostragem. Será permitido download livre dos dados.
O rio Doce é o mais monitorado do Brasil e os mais de 3 milhões de dados coletados anualmente pelo maior programa de monitoramento do país mostram que as condições da água são similares às de antes do rompimento.
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