Parceria entre Fundação Renova, Alnutri Alimentos e Emater tem aperfeiçoado o cultivo dos grãos; ganho no preço da saca é de 120%.
Cerca de 30 famílias de pequenos produtores de feijão das comunidades de Rochedo, Córrego Preto e Leonel, na zona rural de Rio Casca, na Zona da Mata (MG), registraram avanço na safra de 2020. Investimentos em assessoria técnica e fornecimento de insumos para o plantio garantiram a colheita de 29 toneladas de feijão, mais que o dobro do ano passado.
Com a melhora obtida na qualidade dos grãos cultivados, os agricultores também conseguiram vender toda a safra, de uma única vez, para a empresa Alnutri Alimentos, detentora da marca Pink, superando uma dificuldade antiga de comercialização da produção.
A parceria entre a Fundação Renova e a Alnutri Alimentos trará um importante incremento na renda e na qualidade de vida dessas famílias da bacia do rio Doce. Até 2019, esses produtores comercializavam a safra com a saca de 60 kg entre R$ 100 e R$ 120, mas, pela baixa procura, chegavam a vender por R$ 80. Atestada pela Alnutri Alimentos, a colheita atual obteve cotação com um ganho de até 120% no preço da saca.
O resultado é fruto do apoio da Fundação Renova aos produtores, por meio da assistência técnica para melhoria dos grãos e regularização dos produtores e fornecimento de insumos, como sementes e adubo. A Fundação Renova atuou também na abertura de mercado junto à Alnutri Alimentos, que orientou a comunidade sobre as especificações necessárias para a venda do feijão. A empresa criou uma embalagem exclusiva para o produto, chamado de Cultivo do Bem, que leva também o selo Amigos do Rio Doce, símbolo do apoio a produtores rurais e empreendedores da região.
O plano de assistência técnica para melhoria do cultivo, criado em conjunto com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), teve como premissa o desenvolvimento dos grãos com objetivo de alcançar a classificação Tipo 1 (o de melhor qualidade) e viabilizar o acesso ao mercado nacional de feijão.
Depois de analisar o solo da região, a Emater-MG indicou as ações necessárias para corrigir a acidez da terra e incrementar a concentração de nutrientes. “O solo dessa comunidade possui boa fertilidade natural, mas necessita de alguns nutrientes. A Emater orientou para uma reposição simples de nutrientes comuns à cultura de feijão”, diz Maurício Kowarick, especialista em Uso Sustentável da Terra (UST) da Fundação Renova.
Os agricultores receberam da Fundação Renova consultoria e assistência técnica, sementes, adubo e o agrosilício (“corretor” do solo) para o devido tratamento da terra antes do cultivo. “Também tivemos que orientar os produtores quanto ao uso de EPIs (equipamento de proteção individual), à época do plantio e como usar esses insumos”, afirma Maurício Kowarick.
Mais qualidade
Cada família cultiva áreas de até 4 hectares. Com as intervenções, as famílias produziram com mais qualidade e aumentaram o volume de produção, mesmo utilizando uma área menor de manejo.
As amostras do feijão produzido foram analisadas por técnicos da Alnutri Alimentos, que classificaram a colheita como Tipo 1, viabilizando a aquisição de toda a safra de 2020 pela empresa. A produção dos agricultores de Rio Casca será comercializada nacionalmente sob a marca de feijões Pink, a mais prestigiada da Alnutri Alimentos.
Foto: Nitro Imagens / Divulgação