Em Minas Gerais, dois momentos de isolamento social, uma das principais medidas de prevenção à covid-19, tiveram impacto direto nos indicadores de controle da doença no estado.
Em coletiva virtual realizada nesta quinta-feira (7/8), o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, explicou a diferença conceitual sobre a quarentena realizada ainda no início da epidemia, em março, e atualmente. E incentivou que a população continue seguindo a medida.
Segundo o secretário, desde o primeiro mês de disseminação do vírus, a permanência das pessoas em casa foi extremamente importante. Isso porque ainda não havia conhecimento, do ponto de vista global, sobre os cuidados necessários para evitar a transmissão da covid-19. Hoje, mesmo com mais informações, ainda há necessidade do isolamento para conter a disseminação do vírus.
“O uso de máscara ainda não era uma prática habitual, assim como o uso de álcool gel e o distanciamento para evitar contato próximo. Hoje, quando falamos sobre isolamento, nos veem à cabeça um grupo grande de pessoas em casa e medidas de autoproteção. É este somatório que, efetivamente, irá repercutir na redução dos casos”, refletiu o secretário.
Taxa de isolamento
A taxa de isolamento em Minas Gerais está, atualmente, numa média de 34,5%. Amaral afirmou que, embora o número pudesse ser maior, também é preciso considerar as demais ações de prevenção que apresentam certo nível de equivalência ao isolamento, como o uso de máscaras de proteção individual e a higienização constante das mãos, repercutem nos indicadores, a exemplo da taxa de transmissão e da demanda por leitos.
Taxa de ocupação
Hoje, Minas Gerais conta com 20.838 leitos de enfermaria e a taxa de ocupação está em 58,52 %, o que corresponde a 8.643 leitos livres no estado. O estado tem 3.750 leitos de UTI, com ocupação de 66,67%, percentual que corresponde a 1.249 leitos de UTI disponíveis.
Ainda sobre a ocupação de leitos, o secretário de Saúde explicou que pequenas flutuações têm sido observadas nos últimos 15 dias, sem grandes alterações. E disse que, a partir do ponto de vista da epidemia como um todo, a manutenção desse indicador aponta para uma tendência à estabilidade, seja na positividade dos exames, seja no número de diagnósticos.
“Minas continua sendo o estado com menor número de óbitos por 100 mil habitantes em todo o Brasil. Isso não é motivo para comemorar, pois, quando falamos em óbito, entendemos que é algo que não deveria ter acontecido. Ainda assim, as condutas adotadas e o engajamento da população têm trazido resultados efetivos para o estado”, reforçou.
Minas Consciente
O secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, apresentou o balanço atualizado do plano Minas Consciente, que passou por mudanças para facilitar a orientação das prefeituras em relação às ondas com protocolos para macro e microrregiões do estado.
De acordo com o Passalio, até o momento, 412 municípios aderiram formalmente ao plano, o que representa mais de 10 milhões de mineiros impactados. As macrorregiões que apresentam maior adesão são a Centro-Sul, Sudeste, Leste e Noroeste.
“O estado fez um plano buscando alcançar o maior número de municípios, mas sempre respeitando a soberania e a capacidade de reflexão e decisão de cada prefeito”, pontuou o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico.
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