A reforma da Previdência obrigará os brasileiros a trabalhar e contribuir ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) por mais tempo, com a expectativa de receber um benefício menor na velhice. E ainda é preciso lembrar que os brasileiros viverão mais -ou seja precisarão de mais recursos na etapa final da vida.
Para ter qualidade de vida na velhice, as pessoas terão de poupar, buscar uma previdência privada e complementar a renda, afirmou o presidente da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), Luís Ricardo Martins. Ele representa os fundos de pensão, exclusivos de empresas privadas, públicas ou de associações que criam os planos de aposentadoria para os empregados e associados.
Martins declarou que isso será um desafio, já que os brasileiros não estão acostumados a poupar. Apesar disso, ele disse que com o debate sobre a reforma da Previdência, os brasileiros passaram a se interessar sobre o tema.
"A gente nota que a notícia de reforma da Previdência, desde 2016, aumentou a curiosidade do brasileiro sobre o assunto. As pessoas estão procurando planos de previdência, ainda que com um baixo nível de educação financeira e previdenciária", disse.
Com a política econômica liberal do governo, caberá ao trabalhador e não ao estado a iniciativa de economizar para garantir renda no futuro. Martins declarou que é um desafio para os brasileiros pouparem com o baixo nível de renda, mas disse que o sacrifício é importante para garantir uma velhice tranquila.
"É possível poupar. É difícil, mas com a sensibilidade de pensar no futuro, as pessoas já começam a poupar um pouco porque estão preocupados com a aposentadoria e com a velhice. O momento é ímpar e o pior já passou", declarou
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