Manifestação cultural ainda mantém sua estrutura ritualística, ao retratar a luta entre mouros e cristãos, sob o comando do senhor Divino Lúcio Luiz.
Registro
A Cavalhada de Brumal, que em 2019 completou 82 anos, foi registrada através do Decreto nº 1846/2009 e inscrita no livro das Celebrações (inscrição nº 1 em 24 de novembro de 2009). Este ano, essa manifestação cultural e histórica completa 10 anos de registro.
Revalidação
Neste contexto, é importante lembrar que a cada 10 anos da inscrição de um bem cultural nos livros de registros, é necessária a revalidação do registro. Assim, é reunida uma nova documentação, contemplando fotos, vídeos e produção de textos de caráter etnográfico, abrangendo os aspectos culturalmente relevantes do Bem Registrado, de maneira a viabilizar uma análise comparativa com a documentação produzida para a outorga do Título, conforme estabelece o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha). Logo, com os procedimentos legais cumpridos, ontem(19) aconteceu a aprovação final do Conselho Deliberativo Municipal do Patrimônio Cultural, quanto a revalidação deste registro.
A Cavalhada
A festividade que representa a luta entre mouros e cristãos durante as cruzadas, na Idade Média, foi instituída no distrito de Brumal pelos tropeiros Jorge Calunga e Amaro Luiz, inspirados na Cavalhada de Morro Vermelho, em Caeté, como pagamento de uma promessa a Santo Amaro. A Cavalhada é patrimônio imaterial do Município (Lei nº1518/2009).
Estrutura mantida
Mesmo após 10 anos do registro, a Cavalhada mantém seus rituais, sob liderança do senhor Divino Lúcio Luiz, filho de Amaro Antônio Luiz, que deu seguimento a esta celebração, iniciada pelo seu pai e seu padrinho, Jorge Calunga. Junto ao Sr. Divino, atualmente, três filhos participam desta “encenação”, solidificando a transferência geracional tanto do significado da celebração quanto dos saberes necessários para que a festa aconteça.