A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza audiência pública, na próxima quarta-feira (23), com o objetivo de debater os impactos socioeconômicos e ambientais da mineração no entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, na Zona da Mata, bem como a violação de direitos da população atingida por esses empreendimentos nos municípios da região.
Marcada para as 15 horas, no Auditório José Alencar, a reunião atende ao requerimento da deputada Beatriz Cerqueira (PT).
A Serra do Brigadeiro possui uma das maiores jazidas do País de bauxita, substância que se transforma em alumínio após ser refinada. Segundo informações do gabinete do parlamentar, desde a década de 1950, a região estaria sendo cobiçada por mineradoras, em especial pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), do grupo Votorantim.
A CBA tem abertos 27 requerimentos de lavra para minerar na zona de amortecimento do parque e em áreas adjacentes. Ainda de acordo com o gabinete, se eles forem aprovados, a mineração irá invadir três áreas de proteção ambiental (APAs) municipais: Pico do Itajuru (Muriaé), Serra das Aranhas (Rosário de Limeira) e Rio Preto (São Sebastião da Vargem Alegre).
O maior temor da população é a deterioração do patrimônio hídrico do local, que possui várias nascentes que contribuem para a formação das bacias hidrográficas do Rio Doce e do Paraíba do Sul.
Convidados – Entre os convidados para a audiência, estão o prefeito de Rosário de Limeira, José Maria da Silva, e o pároco Frei Gilberto, ativista contra a mineração em Belisário, distrito de Muriaé.
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